Pular para o conteúdo principal

Bad Rabbit: nova epidemia de ransomware usa sites contaminados

Já vimos dois ataques em grande escala do Ransomware este ano – WannaCry e ExPetr (também conhecido como Petya e NotPetya). Parece que um terceiro ataque está em ascensão: o malware Bad Rabbit – nome indicado pelo site darknet citado na nota de resgate.
O que se sabe até agora é que o Bad Rabbit infectou vários grandes meios de comunicação russos, como as agências de notícias Interfax e Fontanka.ru. O Aeroporto Internacional de Odessa (Ucrânia) informou sobre um ataque cibernético em seu sistema de informação.
Os criminosos por trás do ataque Bad Rabbit estão exigindo 0,05 bitcoin como resgate – aproximadamente US$ 280 à taxa de câmbio atual.

De acordo com nossas descobertas, o ataque não usa exploits. É um ataque drive-by: as vítimas baixam um falso instalador do Adobe Flash de sites infectados e iniciam manualmente o arquivo .exe, infectando-se assim. Nossos pesquisadores detectaram uma série de sites comprometidos, todas de notícias ou de mídia.
Se é possível recuperar arquivos criptografados por Bad Rabbit (seja pagando o resgate ou usando alguma falha no código do ransomware) ainda não é conhecido. Os especialistas da Kaspersky Lab estão investigando o ataque e estaremos atualizando esta publicação com suas descobertas.
De acordo com nossos dados, a maioria das vítimas está na Rússia. Também vimos ataques semelhantes, porém menos, na Ucrânia, Turquia e Alemanha. Este ransomware infectou dispositivos por meio de uma série de sites de mídia russo hackeados. Com base em nossa investigação, é um ataque direcionado contra redes corporativas, usando métodos semelhantes aos usados ​​no ataque do ExPetr.
Nossos especialistas coletaram evidências suficientes para vincular o ataque de Bad Rabbit com o do ExPetr, em junho deste ano. De acordo com as análises, alguns dos códigos usados no Bad Rabbit foram vistos no ExPetr.
Outras semelhanças incluem a mesma lista de domínios utilizados para o ataque drive-by (alguns desses domínios foram hackeados em junho, mas não utilizados), bem como as mesmas técnicas utilizadas para espalhar o malware em redes corporativas – ambos os ataques utilizaram o Windows Management Instrumentation Command Line (WMIC). No entanto, há uma diferença: ao contrário do ExPetr, o Bad Rabbit não usa o EternalBlue – ou qualquer outro exploit.
Nossos especialistas pensam que o mesmo ator da ameaça está atrás de ambos os ataques e que ele estava preparando o ataque Bad Rabbit desde julho deste ano, ou mesmo antes.
Continuamos nossa investigação. Enquanto isso, você pode encontrar mais detalhes técnicos nesta publicação na Securelist.
Os produtos da Kaspersky Lab detectam o ataque com os seguintes nomes: UDS: DangerousObject.Multi.Generic (detectado pela Kaspersky Security Network), PDM: Trojan.Win32.Generic (detectado pelo System Watcher) e Trojan-Ransom.Win32.Gen.ftl.

Para evitar ser uma vítima do Bad Rabbit:
Usuários dos produtos Kaspersky Lab:
Outros usuários:
  • Bloqueie a execução dos arquivos c:\windows\ infpub.dat e c:\Windows\cscc.dat.
  • Desative o serviço WMI (se for possível no seu ambiente) para impedir que o malware se espalhe pela sua rede.
Dicas para todos:


ENGENHARIA DE REDES E PROTEÇÂO ATIVA CONTRA CYBERATAQUES (11) 4325 4289 - WWW.DERECO.COM.BR Seu ambiente monitorado e sempre à disposição. Através de seu Centro de Gerenciamento (NOC), a DERECO TECNOLOGIA gerencia a infraestrutura de TI e monitora redes, servidores e serviços, mantendo-os sempre disponíveis, com correções preventivas, para tornar o ambiente cada vez mais atualizado e seguro.

A DERECO TECNOLOGIA É PARCEIRO AUTORIZADO DA KASPERSKY Consulte-nos
DERECO TECNOLOGIA
(11) 4384 4325 - http://www.dereco.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

COMO FUNCIONA A VIRTUALIZAÇÃO DE SERVIDORES?

Virtualização de Servidores, como já explicamos  é uma forma de dividir os recursos de um servidor físico em vários servidores virtuais, também chamados de máquinas virtuais, de modo que possa executar diversos sistemas operacionais no mesmo hardware físico, isolados entre si. Funciona da seguinte forma: 1. AQUISIÇÃO DO SERVIDOR Um servidor físico vem com recursos físicos instalados de fábrica, entre eles: CPU, memória, discos, conexões de rede e conexões a SAN: Hardware comum de servidor Um servidor moderno tem muito mais recursos do que os softwares são projetados para usar e é comum recursos como CPU e memória ficarem ociosos em alguns servidores, enquanto outros servidores tem gargalos. Aí que entra a virtualização. No lugar de vários servidores de pequeno porte para diversas aplicações, é melhor investir em um servidor de maior porte e compartilhar os recursos entre os servidores virtuais sob demanda. 2. INSTALAÇÃO DO HYPERVISOR No servidor físico...

Proteja sua empresa contra as ameaças cibernéticas mais recentes com o Bitdefender GravityZone

Proteja sua empresa contra as ameaças cibernéticas mais recentes com o Bitdefender GravityZone. Em um mundo cada vez mais digital, as ameaças cibernéticas estão se tornando mais sofisticadas e perigosas. Sua empresa precisa de uma solução de segurança robusta que possa protegê-la contra malware, ransomware, phishing e outras ameaças online. O Bitdefender GravityZone é uma plataforma de segurança de endpoint abrangente que oferece proteção multicamadas para seus dispositivos Windows, Mac, Linux.  Ele utiliza as mais recentes tecnologias de aprendizado de máquina e análise comportamental para detectar e bloquear ameaças antes que elas possam causar danos. Com o Bitdefender GravityZone, você pode: Proteger seus endpoints contra malware, ransomware, phishing e outras ameaças online. Detectar e bloquear ameaças em tempo real, antes que elas possam causar danos. Gerenciar centralmente a segurança de todos os seus endpoints a partir de um único console. Investigar e responder a incidentes...

RANSOMWARE (SEQUESTRADOR DE ARQUIVOS): COMO SE PROTEGER DESTA AMEAÇA?

Ransomware é um tipo de malware que, após infectar o sistema, cobra um determinado preço pelo resgate dos arquivos infectados. Sem dúvida, uma grande dor de cabeça para quem não está protegido. Alguns tipos de Ransomwares criptografam os arquivos impossibilitando sua abertura de forma simples. Já outros, apenas travam o sistema, exibindo uma mensagem na tela de como pagar o resgate, que pode variar entre U$ 100 até U$1000 dólares. O único método para recuperar os arquivos é através de uma chave privada, que infelizmente é mantida nos servidores dos criminosos e só é fornecida com o pagamento. Mesmo a vítima realizando o pagamento, não há garantias do resgate e a conscientização é fundamental, pois ainda não há ferramentas de descriptografia disponíveis para todos os tipos de Ransomware existentes. E o número de vítimas está crescendo: segundo a KasperskyLab, a quantidade de usuários atacados por Ransomware de criptografia aumentou de 131 mil para 718 mil em 2015-2016. Como exempl...